Levantamento inédito feito pela IZA Seguros mostra que entregadores recebem menos que dois salários-mínimos
Adobe Stock
Acidentes de trânsito estão entre causas de afastamento de motoboys do trabalho
A rotina agitada e os riscos inerentes à profissão ganham destaque em um estudo inédito realizado pela insurtech IZA Seguros, relacionado ao dia a dia dos motoboys. Em 2023, a média de afastamento desses profissionais por acidentes durante o serviço foi de 41 dias, conforme revela o levantamento exclusivo publicado recentemente pelo InfoMoney.
O estudo analisou mais de 500 mil entregadores autônomos em todo o Brasil, que atuam em serviços de delivery para plataformas digitais e empresas. O afastamento, em média de 41 dias, revela não apenas a dimensão dos acidentes, mas também os desafios enfrentados por esses profissionais para se recuperarem integralmente.
O aumento no número de entregadores é evidente, especialmente nos grandes centros urbanos. A região Sudeste concentra sete a cada dez entregadores, sendo São Paulo líder isolado com 47%, seguido por Rio de Janeiro (14%) e Minas Gerais (9%). Essa concentração destaca a essencialidade desses profissionais para o funcionamento das grandes cidades.
Afastamentos por conta de acidentes estão entre principais desafios
Adobe Stock
Período em que motoboys precisam se afastar por conta de acidentes chama a atenção
O levantamento destaca períodos críticos de afastamento, com 16% dos casos ocorrendo entre 15 e 30 dias, e outros 16% entre 60 e 90 dias. Lesões diversas foram apontadas como o principal motivo, demandando períodos de repouso para recuperação total.
Considerando que os motoboys frequentemente não possuem outras fontes de renda e são, muitas vezes, os principais provedores de suas famílias, a relevância desses números é preocupante.
“O afastamento prolongado representa não apenas uma questão de saúde, mas também um impacto financeiro significativo, ressaltando a importância de abordagens que priorizem a segurança e o bem-estar desses profissionais”, afirma Gabriel de Ségur, CEO da IZA Seguros.
Motoboys recebem, em média, menos que dois salários mínimos
Além do tempo de afastamento, o estudo da insurtech revela que o faturamento mensal dos entregadores autônomos está abaixo de dois salários mínimos, girando em torno de R$1.997.
Essa realidade destaca a necessidade de políticas que busquem melhorar as condições econômicas dessa categoria profissional.
Diante desses desafios, a necessidade de proteção e suporte aos motoboys torna-se evidente. A oferta de seguros contra acidentes pessoais, como os fornecidos pela IZA, surge como uma solução importante. Atualmente, esses seguros cobrem despesas médicas e oferecem indenizações em casos de acidentes pessoais, proporcionando apoio financeiro e respaldo durante o período de afastamento.
Além das opções privadas, como os seguros oferecidos pela IZA, existe a previdência social como uma opção pública. Contudo, o pagamento mensal ao INSS é necessário para garantir o acesso a benefícios como o auxílio-doença em caso de acidentes.
Diante do crescente número de entregadores e da complexidade das questões legais envolvidas, a situação dos motoboys permanece um desafio significativo. A busca por soluções integradas, que combinem esforços do setor privado e políticas públicas, torna-se essencial para garantir a segurança, a saúde e o bem-estar desses profissionais tão importantes para o funcionamento das cidades.
Atualmente está em trâmite no Congresso Nacional o projeto de lei 800/2022, que determina medidas de proteção ao entregador de plataforma digital, incluindo a obrigatoriedade de seguro contra acidentes.
Para mais informações sobre seguro de acidente pessoal, acesse o site da IZA.