O ex primeiro-ministro britânico Winston Churchill certa vez disse: “Se me fosse possível, escreveria a palavra seguro no umbral de cada porta, na fronte de cada homem, tão convencido estou de que o seguro pode, mediante um desembolso módico, livrar as famílias de catástrofes irreparáveis.”
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No momento em que o Brasil inteiro está consternado com a tragédia que assola o Estado do Rio Grande do Sul, essa frase nunca fez tanto sentido para retratar o quão importante é a contratação de seguro, tamanho o impacto social que ele pode gerar em momentos de tragédia como esse.
Para que se tenha uma ideia, conforme levantamento feito pela CNSEG – Confederação Nacional das Empresas de Seguros Gerais, Previdência Privada e Vida, Saúde Suplementar e Capitalização1, entre os dias 28 de abril e 22 de maio, as seguradoras do país já registraram mais de R$ 1,6 bilhão de pedidos de indenização, divididos dessa forma:
Agora, por um segundo, imaginemos o que seria da vida dessas pessoas caso elas não tivessem o seguro para acionar? Como seria ainda mais difícil a missão de reconstrução de suas vidas, de suas atividades profissionais, se não tivessem a certeza de que seriam indenizados por suas perdas que estavam devidamente seguradas?
Vale lembrar que o acesso a esse tipo de proteção financeira ainda não é realidade para a maioria das pessoas.Não precisamos esperar ocorrer uma outra tragédia, como essa que assola os gaúchos, para entender o quão importante é a contratação de seguros e como ela pode impactar a vida de pessoas e famílias positivamente.
Da mesma forma, as empresas podem ter essa visão no momento de pensar nos benefícios a oferecer a seus colaboradores visando a retenção de tais talentos e, nesse particular, diversos são os campos e produtos aptos a uma contratação como benefício: vida, acidentes pessoais, viagem, entre outros.
Quando analisamos o tamanho do setor de seguros na economia brasileira notamos que, em 2023, o setor segurador representou 6,2,% do PIB2 ao passo que em economias como a dos Estados Unidos esse percentual está em torno de 11,8% e na Grã Bretanha 12,5%3, notamos que ainda há um grande universo de possibilidades de crescimento desse mercado tão relevante em nosso país.
(*) Aluízio Barbosa é advogado, sócio da Euds Advogados e já exerceu diversos cargos de liderança no mercado de seguros como Superintendente Jurídico da Associação Brasileira de Planos de Saúde (ABRAMGE), além de ter sido gerente jurídico de relevante grupo segurador. É professor convidado da Fundação Getúlio Vargas (FGV), da Escola de Negócios e Seguros (ENS) e da Universidade Católica de Petrópolis (UCP) e membro da Associação Internacional de Direito do Seguro (AIDA). Possui MBA em Direito de Empresas pela PUC-RJ, especialização em Desenvolvimento Gerencial pelo IBMEC-RJ e graduação pela UFRJ.